declaro minha independência.

Publicado em 18/12/2012

levanto bandeira branca aos inimigos íntimos, mas nenhuma ternura me faz querer ficar. reconheço a impossibilidade da pureza do amor e deixo minha urgência no meio do caminho. não há cheiro que me tire daqui, não há respiração que mude meus pés de lugar. permaneço vestida dos pés à cabeça. outrora escalava montanhas, me ajoelhava, escrevia por alguém. agora escrevo para me sentir viva, mesmo sem saber se a vida compensa. desisto de me despir pelo frio que vem depois. finjo, de uma vez por todas, que sou independente. ainda não aprendi o significado de acordar com os pés fora da cama. talvez eu ainda caiba em mim, tão perfeitamente, que não caiba mais ninguém. 


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