Escrito em 09/03/2020
por pensar que estava vivendo
e que momentos valiam mais que poemas
dei um tempo
mas o relógio da poesia
tal qual o coração
não para
se para, morre
e vivo, sente
sente vinte e quatro horas
o espanto
a ternura
a euforia
a voz calada à força
e no silêncio fingido
a poesia continua
pulsando muda
como o sangue
que discretamente passeia
pelo corpo inteiro