Publicado em 11/01/2014
assumo minha identidade
minha sina
minha obsessão
escrever
sozinha
tento reconhecer
a realidade
que me chega tão distante
aqui nada acontece
a chuva não cai
a música não toca
quase não existo
existo onde você está
sua boca molhada em preto e branco
eu, você, os barcos da ribeira
seu corpo, silhueta da lua
quase me sinto real
ao telefone, mamãe deseja lembranças
mal sabe ela
me lembro até do que não vivi